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12 de maio de 2007

soneto de longe

sei lá o que acontece nesse meu coração
uma vontade de morrer de tão feliz
procuro saber o quê de quem amo então
e sem uma notícia tiro ouro do nariz

não só há em cada rua e ponte e escada, parisienses
lógico sem me perder guio-me apaixonado e flano
sonho com menos covardia em outros continentes
se sabes de algo, cala, e não haverá nenhum dano

da vida sem filtro que trago eu fumo os sumos
dos sentimentos que espero, nem inverdade
da morte que urge em suma vejo novos rumos

da morte que escapo como da banalidade
do entrépido trago urgente, ufanos fumos
da vida em cuja busca achei a felicidade