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7 de outubro de 2008

oneironauta

dormi
sem sonos
tais siameses
quais após lembrei

noites especiais
nunca e sempre
diferentes e iguais

sono minha prole da noite
sono meu gêmeo da morte
estado ordinário de consciência
complementar ao estar desperto
sonho minha dor de açoite
sonho meu golpe de sorte
país imaginário da ambivalência
nuclear entre o oásis e o deserto

noites recorrentes
sempre e nunca
iguais e diferentes

morri
em sonhos
tantas as vezes
quantas me acordei